O polaco Donald Tusk diz que "os dias da imigração ilegal na Europa acabaram". Merkel afirma que a União Europeia promete agilizar a atribuição de vistos aos cidadãos turcos. Acordo final só deverá vir a ser assinado na próxima semana.
Corpo do artigo
Na cimeira que decorreu esta segunda-feira, os líderes turcos e europeus chegaram a um entendimento. A assinatura de um memorando só está prevista para a próxima semana, mas uma fonte oficial da União Europeia diz que "acabou a rota [de imigrantes] vindos dos balcãs ocidentais".
Sobre os três mil milhões de euros que a Turquia pedia para receber de volta os candidatos a imigrantes que cruzaram a fronteira e entraram ilegalmente na Europa, François Hollande, Presidente francês diz que essa quantia até poderá aumentar "se for necessário" porque a "o problema dos refugiados continua".
Os líderes da União Europeia (UE) têm agora uma semana e meia para fechar um acordo com a Turquia sobre como lidar com o fluxo migratório, depois de 12 horas de negociações entre Bruxelas e Ancara, foi anunciado em Bruxelas.
O acordo a alcançar com o governo turco será analisado pelos 28 na próxima reunião do Conselho Europeu, nos dias 17 e 18, segundo anunciou o primeiro-ministro do Luxemburgo na rede social Twitter.
Os trabalhos prolongaram-se porque Ancara apresentou uma "proposta mais ambiciosa" do que o esperado, como disse o primeiro-ministro, António Costa, em declarações aos jornalistas.
O seu homólogo turco, Ahmet Davutoglu, exigiu a antecipação da liberalização dos vistos, a abertura de cinco novos capítulos nas negociações da adesão da Turquia à UE - nomeadamente nas áreas da energia e assuntos internos.
Ancara quer ainda, numa proposta avançada oralmente durante o almoço de trabalho, uma nova verba de três mil milhões de euros em 2018 e um compromisso dos 28 para que recebam um refugiado por cada migrante económico que seja devolvido à Turquia.