A ministra dos Negócios Estrangeiros de França afirma que vai exigir novamente "a libertação imediata de todos os compatriotas" franceses ao homólogo iraniano.
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Cinco franceses encontram-se retidos, neste momento, no Irão, anunciou esta terça-feira a ministra dos Negócios Estrangeiros de França.
Catherine Colonna adiantou, em declarações à rádio France Inter, que ia exigir novamente, esta tarde, "a libertação imediata de todos os compatriotas" franceses ao homólogo iraniano.
"Atualmente, cinco franceses" estão retidos no Irão, acrescentou a ministra.
"Eu estarei essa tarde com o ministro dos Negócios Estrangeiros do Irão para exigir mais uma vez a libertação imediata de todos os nossos cidadãos que estão detidos no Irão, atualmente são cinco deles", afirmou Colonna.
"Devemos proteger a nossa comunidade, que está nos nossos corações e nas nossas ações", acrescentou a ministra.
Até agora, a França admitia oficialmente que quatro dos seus cidadãos estavam detidos no Irão: o investigador franco-iraniano Fariba Adelkhah, detido em junho de 2019 e condenado a cinco anos de prisão por atentar contra a segurança nacional; Benjamin Brière, detido em maio de 2020 e condenado a oito anos e oito meses de prisão por espionagem; e dois sindicalistas, Cécile Kohler e Jacques Paris, detidos em maio passado.
Teerão havia anunciado no início de outubro a prisão de nove estrangeiros, incluindo um francês, na onda de protestos que atualmente agita o país desde a morte de Mahsa Amini. Mas Paris nunca havia confirmado a prisão de um dos seus cidadãos.
Na semana passada, Teerão transmitiu um vídeo apresentando "confissões" de Cécile Kohler e Jacques Paris, levando a uma reação virulenta de Paris, que denunciou uma "encenação indigna" e evocou pela primeira vez "reféns do Estado".
Na sexta-feira, o Governo francês exortou aos franceses que passam pelo Irão a "deixarem o país o mais rápido possível, dados os riscos de detenção arbitrária a que se expõem".
Mais de vinte cidadãos de países ocidentais, a maioria com dupla nacionalidade, estão detidos ou retidos no Irão, o que as organizações não-governamentais condenam como uma política de tomada de reféns para obter concessões de potências estrangeiras.
* Notícia atualizada às 09h03