Cinco pessoas, quatro civis e um miliciano, morreram em atos de violência no leste da República Democrática do Congo, quando o país avança para uma fase decisiva no seu processo eleitoral.
Corpo do artigo
Em Beni, a Força de Defesa Aliada (ADF, na sigla em inglês) ugandesa é acusada de matar quatro pessoas em Mavivi, onde se situa o aeroporto, disse o administrador do território de Beni (Kivu do Norte), Donat Kibwana.
As duas primeiras vítimas foram mortas com machetes e as outras duas foram mortas a tiro, afirmou Noella Muliwavio, presidente de uma organização não-governamental.
Segundo Donat Kibwana e Noella Muliwavio, mais dois civis estão desaparecidos. "Notamos, com pesar, que as intervenções dos militares acontecem sempre depois dos ataques", disse Muliwavio.
Após confirmar estas mortes, o porta-voz do exército na região, o capitão Mak Hazukay, disse à imprensa que "as operações contra a ADF ainda continuam".
Numa ofensiva do exército no território vizinho de Lubero (Kivu do Norte), um miliciano do grupo rebelde Mai-Mai Mazembe foi morto e a sede local da organização destruída, segundo a polícia.
Presente na República Democrática do Congo desde 1995, a ADF é composta de rebeldes muçulmanos ugandeses com uma ideologia pouco conhecida. São acusados de ter realizado uma série de massacres de civis desde outubro de 2014 em Beni e arredores.
A ADF também é acusada de matar 15 capacetes azuis da Tanzânia, em dezembro de 2017, na mesma região.
No Kivu do Norte estão as bases de muitos grupos armados que desde há mais de 20 anos matam ou sequestram civis.