Não há açúcar. Nem em Caracas, nem nas cidades mais importantes do país. A empresa estatal de refinação do açúcar não está a trabalhar e sem esse ingrediente não há Coca-Cola.
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O alerta foi lançado pela empresa que faz o engarrafamento do refrigerante. A Coca-Cola Femsa, que emprega cerca de 7300 pessoas na Venezuela, afirma que "nos próximos dias" a produção vai travar a fundo. As quatro fábricas que a companhia detém no país estão neste momento a consumir o que resta do stock de açúcar e se "o inventário não for reposto rapidamente, vão ocorrer interrupções no portefólio de bebidas com açúcar".
E tudo indica que tão cedo, não haverá açúcar para ninguém. Na semana passada, a companhia estatal que trata do açúcar cortou a produção e não anuncia quando voltará a refinar. Um comunicado publicado durante o fim de semana argumenta apenas que se está "a avançar com ações específicas junto de fornecedores, autoridades e trabalhadores, que nos permitam enfrentar esta conjuntura".
Quem também está à procura de alternativas é a própria Coca-Cola Femsa que diz que só os 10% das bebidas que produz é que não têm açúcar e só esses continuarão a sair das fábricas.
Na Venezuela esta não é a primeira interrupção no setor das bebidas. No final do mês passado, a Empresas Polar deixou de fazer cerveja argumentando que o Governo não lhe entrega os dólares necessários para a compra de matéria prima.