Os apelos continuam a ser lançados nas redes sociais. No Facebook, cerca de 1500 pessoas pretendem participar neste protesto e 6500 mostram-se interessados.
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O XVII protesto consecutivo de mobilização dos coletes amarelos decorre desde sexta-feira. O movimento vai tentar, durante três dias, reunir todos os manifestantes na capital francesa e prolongar o protesto até domingo.
"Não vamos parar", dizem os coletes amarelos, apresentando assim os três dias de manifestações.
Os apelos continuam a ser lançados nas redes sociais. No Facebook, cerca de 1500 pessoas pretendem participar neste protesto e 6500 mostram-se interessados.
Na semana passada, 39.000 manifestantes saíram à rua, segundo dados do ministério do interior, o número sendo menor do que previsto nas redes sociais.
Desde o início das manifestações, a inspeção geral da polícia nacional francesa registou mais de uma centena de acusações de uso excessivo da força contra o movimento dos coletes amarelos.
"Em França, os coletes amarelos protestam contra o que consideram uma exclusão dos direitos económicos e da participação nos assuntos públicos", defendeu, em Genebra, a Alta comissária da ONU para os Direitos Humanos que incentivou o governo francês "a prosseguir o diálogo e conduzir discussões nacionais em curso".
Michelle Bachelet pediu "com urgência uma ampla investigação em relação aos casos levantados quanto ao uso excessivo de força".
"Em França, vivemos num Estado de direito", respondeu Edouard Philippe. "É preciso explicar à senhora Alta Comissária o conjunto dos factos de extrema violência, nomeadamente, contra as forças de ordem e os bens públicos", defendeu o primeiro-ministro francês.
Ainda assim a baixa de participantes não parece ser suficiente para desmotivar os organizadores que apelam "todos os cidadãos franceses a manifestarem-se este fim de semana" com vista a "recuperar o poder de compra, lutar por uma justiça fiscal e social ou ainda lutar por um modelo representativo diferente".
Em conferência de imprensa, Prescillia Ludosky, uma das primeiras figuras a representar o movimento, convocou um "acampamento gigante" de três dias em Paris, do 8 ao 10 Março.
A proposta é a de "levar os manifestantes barricados em rotundas para a capital e acamparem lá". Numa mensagem Facebook, Prescillia Ludosky sugere que pernoitem na praça Champs-de-Mars, junto à torre Eiffel até conseguirem respostas às reivindicações sociais, fiscais e climáticas".