O décimo terceiro sábado de manifestações do movimento coletes amarelos ficou marcado confrontos em Paris, em frente à Assembleia Nacional. O Ministro do interior francês condena o crescente recurso à violência.
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Um manifestante ficou gravemente ferido numa mão ao tentar afastar uma granada de gás lacrimogéneo em confrontos com as forças de ordem.
O aumento da tensão registou-se em frente à Assembleia nacional numa nuvem de gás lacrimogéneo que revestiu tanto o cordão humano dos manifestantes como também as forças de segurança que defendiam as entradas na Assembleia nacional.
Na alameda de Saint-Germain os protestos tentaram ganhar forma de barricadas, sem sucesso por intervenção da polícia.
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"O movimento dos coletes amarelos prossegue todos os dias, de forma enfraquecida, são cerca de cem pessoas mobilizadas pelo país inteiros a cada dia da semana e, como se de um ritual se tratasse surgem estas manifestações desorganizadas e sem serem comunicadas às autoridades. Vemo-lo em Paris onde há quatro pequenas manifestações declaradas à polícia, mas os principais líderes decidem não declarar os protestos e procuram fazer frente às forças de ordem. É uma ameaça à democracia", condenou o ministro do Interior francês, Christophe Castaner.
Este sábado mais de 50.000 manifestantes saíram às ruas, segundo dados do ministério do Interior. O governo francês manteve, este sábado, um dispositivo de segurança similar aos últimos sábados; 80.000 forças de ordem, 5.000 na capital francesa.
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Esta foi décima terceira manifestação desde o início do movimento, agora enfraquecido depois de três meses nas ruas. Como tem vindo a ser ritual desde 17 de Novembro as manifestações multiplicam-se em França este sábado com manifestações em Bordeaux, Toulouse, Lille, Nantes, Rennes e Brest.
Segundo a mais recente sondagem publicada na quinta-feira, dois em três franceses continua a apoiar o movimento.
A crise franco-italiana provocada pela intervenção de ministros italianos na crise dos coletes amarelos e a tentativa de incêndio criminal na casa do presidente da assembleia Richard Ferrand marcaram este décimo terceiro dia de protestos nas ruas de Paris.
[Notícia atualizada às 19h16]