Coligação militar dos EUA anuncia saída do Iraque. Pentágono nega carta e diz que era rascunho
Dois dirigentes militares confirmaram à AFP a autenticidade da carta assinada pelo general William H. Seely.
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O exército norte-americano anunciou esta segunda-feira ao número dois do comando militar iraquiano que vai "reorganizar" as forças da coligação antijihadista com o objetivo de fazer "uma retirada do Iraque segura e eficaz", numa carta à qual a AFP teve acesso.
Dois dirigentes militares, um americano e outro iraniano, confirmaram à AFP a autenticidade da carta, assinada pelo general William H. Seely, comandante das operações militares americanas no Iraque.
"Respeitamos a decisão soberana que ordena a nossa partida", continuou a missiva, um dia depois de o Parlamento iraquiano aprovar uma moção para exigir que o governo expulse as tropas estrangeiras do Iraque.
Contactado pela Sky News, um comandante norte-americano negou a retirada total das tropas, afirmando que estão apenas a reduzir o número de militares em Bagdad por "razões de segurança". Já Mark Esper, secretário da Defesa dos EUA citado pela AFP, acrescentou que o anúncio que dava conta da reorganização das forças da coligação antijihadista não corresponde à realidade.
"Não há qualquer decisão de saída do Iraque", sublinhou.
Mais tarde, um alto militar norte-americano, citado pela CNN, esclareceu que o documento era apenas "um rascunho". "Foi um erro, [a carta] não estava assinada e não devia ter sido divulgada", explicou.