O líder europeu há mais tempo no poder arrisca-se a perder o lugar para uma coligação de liberais, socialistas e verdes, apesar de ter sido o mais votado nas eleições legislativas.
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Os dirigentes dos partidos Liberal e Socialista disseram ontem, um dia depois da votação, que iriam abrir negociações com os Verdes, uma decisão que pode levar à exclusão do poder da formação de Juncker, o Partido Popular Social Cristão, de centro-direita.
O líder do Partido Liberal, Xavier Bettel, de 40 anos, que também lidera a autarquia da capital, disse à imprensa que tinha um «mandato» para abrir conversações para a formação de uma coligação inédita dos três partidos.
«Precisamos de políticas diferentes para tirar o país da crise», afirmou.
As negociações formais entre os três partidos, que juntos possuem 32 lugares parlamentares, vão começar esta terça-feira à tarde.
O veterano Juncker, de 58 anos, perdeu três lugares no parlamento que tem 60 deputados, nas eleições de domingo, mas era esperado de forma geral que fosse nomeado para formar o próximo governo, o que o levaria para uma terceira década no poder, depois de já ter sido primeiro-ministro quase há 19 anos no poder.
A eleição foi antecipada em sete meses depois da revelação de más práticas nos pequenos serviços secretos luxemburgueses.
O partido de Juncker ganhou todas as eleições desde que foi criado em 1944. Agora, conseguiu 33,7% dos votos, menos quatro pontos percentuais do que em 2009.
Números oficiais mostram os socialistas em segundo, com 20,3% dos votos, mas foram os liberais, com 18,2% das preferências dos eleitores, os que têm sido apontados como grandes vencedores do escrutínio.
Cada um destes dois partidos elegeu 13 deputados e os Verdes seis, menos um do que tinham.