Uma ativista adiantou que os combates na cidade nos últimos três dias foram intensos.
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Uma coluna de ajuda médica, composta com cerca de 20 ambulâncias, conseguiu chegar este sábado à cidade fronteiriça síria de Ras al-Ayn, cercada pelas forças turcas, segundo ativistas. Uma voluntária que viajou no comboio humanitário afirmou que os combatentes turcos abriram um corredor para a coluna médica conseguir chegar a um hospital e a bairros vizinhos ainda controlados por combatentes curdos no extremo sudeste de Ras al-Ayn.
A ativista adiantou que os combates na cidade nos últimos três dias foram intensos, mas quando a coluna médica entrou na cidade, apenas alguns tiros foram ouvidos à distância. Segundo a voluntária, o hospital estava sem eletricidade, tendo a coluna médica conseguido entregar alguns medicamentos e auxiliado 37 civis feridos, mas sem espaço para prestar cuidados médicos a todas as vítimas, que na sua maioria estavam baleados.
Também uma coluna da Cruz Vermelha turca conseguiu chegar a Ray al-Ayn e entregar ajuda humanitária a cerca de 2.000 pessoas. As tropas turcas começaram, no passado dia 09 de outubro, a invasão do norte da Síria, sendo a cidade de Ras al-Ayn um dos seus primeiros alvos.
Esta cidade fronteiriça com a Turquia marca um dos limites da chamada "zona de segurança" que o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, quer estabelecer até Tal Abiad, e é uma das zonas mais afetadas pela ofensiva.
Na quinta-feira, Washington e Ancara concordaram numa pausa de cinco dias em operações militares contra as milícias curdas-sírias, que a Turquia considera "terroristas", para permitir que eles se retirem dessa faixa de fronteira.
No entanto, as forças curdas e Ancara lançam acusações mútuas de estarem a violar o cessar-fogo.