Segundo o secretário-geral da Presidência ainda não é possível afirmar quando vão sair os primeiros resultados.
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Já fecharam as urnas para as eleições presidenciais na Argentina, às 18h00 locais (22h00 em Lisboa), que contaram com a participação de 74% dos eleitores, num dia que decorreu com tranquilidade. Analistas defendem que a votação deve marcar um novo momento do país, com uma reconfiguração das principais forças políticas da Argentina.
A participação eleitoral era de 74% na hora do fecho, de acordo com a Câmara Nacional Eleitoral, embora esse número deva aumentar ligeiramente, uma vez que os eleitores que ainda estavam na fila têm direito a votar.
Os candidatos que têm mais hipóteses são o antissistema e ultraliberal Javier Milei, o atual ministro da Economia, Sergio Massa, ou a conservadora Patricia Bullrich, ex-ministra da Segurança e atual candidata do Juntos pela Mudança.
O secretário-geral da Presidência, Julio Vitobello, afirmou que as eleições decorreram com "total normalidade, calma e paz".
Segundo Vitobello, ainda não é possível afirmar quando vão sair os primeiros resultados.
Na ausência de resultados concretos sobre o aumento ou não da participação dos eleitores mais atrasados, a taxa de participação é a mais baixa numa eleição geral - tanto na primeira como na segunda volta - desde o regresso do país à democracia.
Até agora, o valor mais baixo tinha sido registado em 2007, quando 76,20 % dos eleitores foram às urnas na primeira volta, a única necessária nessa ocasião para confirmar a vitória da peronista Cristina Fernández, que substituiu o seu marido, Néstor Kirchner (2003-2007).
A taxa de participação mais alta foi registada em 1983, nas primeiras eleições democráticas após a ditadura (1976-1983), quando 85,61% foram às urnas para dar a vitória a Raúl Alfonsín.
Cerca de 35,4 milhões de argentinos foram chamados este domingo a eleger o Presidente e o vice-presidente, bem como a renovar 130 dos 257 lugares na Câmara dos Deputados e 24 dos 72 no Senado, e a nomear 43 representantes argentinos no Parlamento do Mercosul (Parlasul, o órgão legislativo do bloco constituído pela Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai).
E também para escolher dirigentes nas províncias de Buenos Aires, Catamarca, Entre Ríos e a Cidade Autónoma de Buenos Aires, que decidiram não separar as suas eleições das eleições nacionais, como fizeram os restantes distritos.