A greve geral tem afetado, sobretudo, o setor dos transportes e promete continuar durante o fim de semana.
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Os efeitos da greve geral continuam a fazer-se sentir em França e três sindicatos anunciaram que o protesto, contra a reforma da Segurança Social, vai prosseguir até segunda-feira.
Vários serviços públicos estão encerrados e os transportes continuam a meio gás. No caso do TGV, 90% das ligações foram canceladas. Os passageiros dos comboios regionais e intercidades foram aconselhados a adiar viagens, depois de sete em cada dez ligações terem sido suprimidas.
Em Paris, ainda estão fechadas dez linhas de metro e noutras vai circular apenas um comboio em três e apenas durante as horas de ponta. A empresa de Transportes Públicos da capital francesa já anunciou que são esperadas fortes perturbações durante o fim de semana.
Também o transporte aéreo continua muito afetado pelos protestos contra a mudança no sistema de pensões. Por causa da paralisação, que envolve dois sindicatos de controladores aéreos, a direção geral da aviação civil impõe às companhias uma redução de 20% por cento dos voos para esta sexta-feira nos aeroportos parisienses, Charles de Gaulle e Orly, e ainda nos aeroportos de Lyon, Marselha e Bordéus.
Fruto dos constrangimentos, a Air France cancelou 30% dos voos domésticos e quase 10% dos voos de médio curso. Outras companhias, casos da Easyjet, Ryanair e Transavia, também já foram obrigadas a anular voos que estavam previstos.
A greve geral não permitiu a impressão do jornal Le Monde, que esta sexta-feira está apenas disponível na edição digital.
Os sindicatos que se opõem à reforma da Segurança Social, dizendo que esta irá baixar o valor das pensões e aumentar a idade legal de acesso à reforma, estimaram que um milhão de pessoas estiveram, quinta-feira, nas manifestações. Já o Governo afirma que 800 mil pessoas aderiram aos protestos.