Manhã cedo, a polícia chegou ao local onde há um aparato fora do comum. Os migrantes assistem de forma serena à operação entre tendas, sacos e lixo.
Corpo do artigo
A postura firme dos polícias contrasta com os rostos dos milhares de migrantes. É o último dia em Idomeni. O campo de refugiados tem fim marcado para esta terça-feira. No chão há sacos, mochilas, caixas e ainda muitas tendas por desmontar.
Ao todo vão ser retirados deste campo na Grécia, junto à fronteira com a Macedónia, mais de oito mil refugiados. Idomeni é considerado o maior campo não oficial de refugiados em território grego.
A polícia chegou cedo, com um efetivo de quatrocentos agentes, a que se juntam dezenas de veículos e um helicóptero que está constantemente a sobrevoar o local. A vigilância é apertada nesta operação que vai levar milhares de pessoas para centros de acolhimento próximos do campo que agora estão a abandonar. A viagem será feita de autocarro. Alguns estão já estacionados em Idomeni, mas o ritmo de saída é lento.
Nas imagens que chegam através das agências internacionais. Muitos refugiados esperam sentados no chão, de pernas e braços cruzados com uma expressão de quem desconhece o futuro próximo.
Por agora não há notícia de qualquer incidente. Fonte do governo de Atenas, citada pela France Press, garante que o objetivo é que tudo decorra sem que seja necessário o uso da força.
As autoridades gregas decidiram ainda, que a saída dos milhares de migrantes será feita de forma gradual. Nas últimas semanas foram retiradas de Idomeni duas mil pessoas.