Comissão Europeia: Avaliação e balanço dos anos da crise dominam debate dos candidatos
O primeiro debate oficial entre os candidatos juntou em Maastricht Martin Schulz, Jean-Claude Junker, Guy Verhofstadt e Ska Keller para apresentarem as ideias chave que envolvem as candidaturas à presidência da instituição liderada por Durão Barroso.
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Lançado o debate, o moderador confrontou o candidato do Partido Popular Europeu com a possibilidade do Euro se encontrar ainda em risco de desaparecer. Jean-Claude Juncker ironizou na resposta dando exemplos como o de Portugal.
«Nunca percebi tal questão. Nós não temos uma crise do Euro. Temos uma crise das dívidas em diversos Estados-Membros. E, esses países estão a terminar os seus programas e devem ser felicitados e elogiados», disse Juncker
A resposta evasiva motivou a discórdia do candidato socialista, Martin Schulz, que discorda que «tenhamos de felicitar os países que estão a terminar os programas de assistência». «Temos de apoiar as pessoas que por isso pagaram um preço alto nesses países», adiantou.
Num debate em que faltaram ideias inovadoras para uma Europa mais próspera, o candidato dos democratas e liberais, Guy Verhofstadt, apontou baterias à gestão de Durão Barroso na Comissão Europeia.
«O que o senhor Barroso faz é: primeiro voa para Paris, depois para Berlim - na verdade até é primeiro para Berlim e depois Paris. E só quando tem luz verde dos dois é que toma alguma medida pequena e tardia» disse.
A única representante feminina, a ecologista alemã Ska Keller, que aos 32 anos se apresenta como candidata à Comissão Europeia pelo partido Os Verdes, desafia os eleitores.
«Vocês querem mais da velha política para a União Europeia ou preferem ideias novas e também imaginação inovadora para o rumo da União Europeia?», questionou.
Entre as ideias apresentadas por todos os candidatos está o combate ao desemprego através do apoio ao financiamento às pequenas e medias empresas como a actual Comissão já vem a defender.
Alexis Tsipras, candidato apoiado pela Esquerda Europeia, recusou a participação no debate e não esteve presente em Maastricht.