Porta-voz do executivo comunitário lembra que o presidente da Comissão já reagiu ao caso, em momento anterior, propondo uma revisão do Código de Conduta.
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A Comissão Europeia reagiu à contratação de Durão Barroso pela Goldman Sachs de "forma clara e transparente", estando disponível para responder às novas dúvidas da provedora de Justiça Europeia "de forma apropriada", disse o porta-voz do executivo comunitário.
"O Presidente [da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker] e o Colégio [de Comissários] reagiram a este caso de uma maneira muito pública, muito institucional, propondo uma revisão importante ao Código de Conduta". "Esta é para nós a maneira mais pública, clara e transparente de nos posicionarmos perante a decisão do antigo presidente desta casa de integrar a Goldman Sachs", salientou Margaritis Schinas.
"Se a provedora pede ainda um esclarecimento, todas as respostas serão dadas de forma apropriada e no momento adequando", adiantou o porta-voz da Comissão Europeia, no 'briefing' diário.
A provedora Emily O'Reilly decidiu abrir um inquérito à atuação "alegadamente insuficiente" da Comissão Europeia no quadro da polémica ida do anterior presidente do executivo comunitário Durão Barroso para o banco de investimento norte-americano Goldman Sachs.
Numa carta dirigida a Jean-Claude Juncker, à qual a Lusa teve acesso, a provedora anuncia que decidiu dar provimento a uma queixa que lhe foi apresentada este mês por um grupo de atuais e antigos funcionários das instituições da União Europeia, e solicita desde já uma inspeção do seu gabinete à Comissão, com vista a ter acesso a toda a documentação referente ao parecer emitido pelo comité de ética 'ad hoc' da Comissão Europeia sobre este caso.