A Comissão Europeia rejeitou hoje de forma «veemente» qualquer tipo de analogias entre a situação económica na Grécia e em Itália, país cujas taxas de juro exigidas pelos investidores para transaccionarem dívida soberana seguem hoje em níveis máximos.
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«Qualquer analogia é deslocada», sustentou o porta-voz do comissário dos Assuntos Económicos e Monetários, Amadeu Altafaj Tardio, na conferência de imprensa diária do executivo comunitário.
O responsável declarou também que o executivo comunitário não reclamou para a Itália qualquer tipo de acordos governamentais ou políticos, sublinhando que tais cenários dependem exclusivamente dos «partidos políticos italianos e da sociedade italiana».
«Há muitas especulação e muitas perguntas agora sobre o que pode acontecer neste ou naquele cenário à medida que acontecimentos políticos sucedem em Itália. Não temos uma bola de cristal, não conseguimos prever o que se vai passar em termos políticos, é algo para os partidos e cidadãos italianos decidirem», declarou uma outra porta-voz da Comissão, Pia Ahrenkilde Hansen, reiterando a necessidade de diferenciar as diferenças nas economias entre Itália e Grécia.
A porta-voz destacou também o reforço da vigilância às medidas e reformas a aplicar no país liderado por Silvio Berlusconi.