Dos confrontos registados nos últimos dias, pelo menos três pessoas morreram, na capital Harare. As mortes aconteceram depois de o exército ter disparado sobre centenas de manifestantes.
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Depois das Nações Unidas terem manifestado preocupação com a situação pós-eleitoral no Zimbabué, os observadores da Commonwealth dizem que as forças de segurança usaram força excessiva para reprimir os protestos que se seguiram à divulgação dos resultados das eleições presidenciais.
Num comunicado divulgado esta manhã, a organização lamenta o uso da força sobre cidadãos desarmados e pediu à comissão eleitoral que promulgue os resultados que deram a vitória ao partido ZANU-PF, no poder há várias décadas.
Dos confrontos registados nos últimos dias, pelo menos três pessoas morreram, na capital Harare. As mortes aconteceram depois de o exército ter disparado sobre centenas de manifestantes.
Entretanto, em várias mensagens divulgadas na rede social Twitter, o presidente do Zimbabué pediu uma investigação independente aos incidentes, sublinhando que os responsáveis dever identificados e levados à justiça.
Emmerson Mnangagwa considera que o mais importante agora é que o país possa estar unido e ultrapassar os "trágicos acontecimentos" registados nas últimas horas.
O líder do Zimbabué diz ainda que é essencial que haja um compromisso para que sejam resolvidas as diferenças politicas de maneira respeitosa e dentro dos limites da lei, adiantando que o partido que lidera está em diálogo com o líder da oposição, Nelson Chamisa e que ambos devem dar o exemplo.
No entanto, nas últimas horas, a tensão é evidente na capital do país africano. Segundo vários donos de lojas de Harare, citados pela Reuters, o exército ordenou que fechem os seus estabelecimentos, por receios de novos confrontos.