"Como cristão, sem dúvida que o Papa Francisco foi ao encontro das minhas visões"
No Fórum TSF, Paulo Rangel assinala que a morte de Francisco representa "uma perda muito grande" no plano internacional, porque era "uma das únicas vozes que tinha autoridade universal e que falava constantemente na resolução dos conflitos e na procura da paz"
Corpo do artigo
O ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, recordou esta segunda-feira, no Fórum TSF, o Papa Francisco como defensor dos direitos da comunidade LGBTQIA+, das mães solteiras, do ambiente e do fim dos conflitos armados. "Como cristão, como católico, sem dúvida que o Papa Francisco foi ao encontro de muitas daquelas que eram já as minhas visões", sublinha ainda.
O Papa Francisco morreu, esta segunda-feira, aos 88 anos, anunciou o Vaticano.
O governante lembra que o pontífice pautou a sua ação "pelo gesto", focando algumas das suas preocupações nas mães solteiras, na comunidade LGBTQIA+, nos mais frágeis e no ambiente: "Os humanos têm a obrigação de cuidar do seu planeta, da sua casa."
No final de janeiro, Rangel esteve "meia hora a sós" com o Papa Francisco, no Vaticano, algo "pouco habitual". O chefe da Igreja Católica recebeu-o como ministro dos Negócios Estrangeiros e, normalmente, estes encontros estão reservados a primeiros-ministros ou a chefes de Estado. "Ele preocupa-se com a própria pessoa, não apenas com aquilo que ela representa", justifica.
Também no plano internacional, a morte de Francisco representa "uma perda muito grande", porque era "uma das únicas vozes que, neste momento, tinha autoridade universal e que falava constantemente na resolução dos conflitos e na procura da paz", considera ainda.

