É um número equivalente à presença americana no Iraque. Mais de 5.000 militares para controlarem a segurança da fronteira com o México e "desencorajar aqueles que procuram asilo" nos EUA. "Isto é uma invasão do nosso país e o nosso exército está à vossa espera!", avisou Trump.
Corpo do artigo
Donald Trump anunciou, na última noite, que vai enviar 5.200 militares para controlarem a segurança da fronteira com o México. O objetivo é impedir a entrada dos milhares de imigrantes ilegais que estão a chegar em caravana aos Estados Unidos da América (EUA), a maioria vindos das Honduras.
O ativo na fronteira passa assim a contar com um número equivalente ao contingente militar dos Estados Unidos no Iraque.
O general Terrence O'Shaughnessy, chefe do Comando Norte dos Estados Unidos, adiantou que 800 militares estão já a caminho da fronteira no Texas e que outros mais irão estabelecer-se junto à fronteira nos Estados da Califórnia e do Arizona.
"O Presidente [Donald Trump] deixou claro que a segurança da fronteira é um assunto de segurança nacional", afirmou Terrence O'Shaughnessy, revelando que parte dos militares destacados estarão armados.
Existem já mais de 2.100 guardas na fronteira norte-americana, depois de um pedido anterior de Donald Trump, emitido em abril deste ano.
Trump afirmou que os EUA vão também construir acampamentos onde os migrantes que estão à procura de asilo ficarão retidos, em vez de libertá-los enquanto aguardam pela decisão do tribunal.
"Vamos colocar tendas por todo o lado. Não vamos construir estruturas e gastar milhões de dólares nisto", disse o Presidente norte-americano, em entrevista à Fox News. A medida, espera Donald Trump, irá desencorajar aqueles que procuram asilo de irem para os EUA.
1056919064906469376
Esta segunda-feira, Donald Trump disse, na sua página na rede social Twitter, que há "membros de gangues e pessoas muito más" na caravana de imigrantes que se dirige à fronteira sul dos Estados Unidos.
"Voltem para trás (...). Isto é uma invasão do nosso país e o nosso exército está à vossa espera!", avisou Trump no tweet.
O número de migrantes que integram os grupos a caminho dos Estados Unidos divergem - há relatos de que chegam aos 7 mil, mas as autoridades mexicanas falam em 3 mil.
À acusação de Trump de que os países sul-americanos pouco têm feito para impedir a marcha migratória, o Presidente mexicano respondeu com a oferta de vistos temporários de trabalho para migrantes, auxílio médico, habitação e acesso das crianças ao sistema de ensino. Houve quem tivesse aceitado a proposta mas a maioria persegue o sonho.
Este fim de semana um migrante morreu, vítima das balas de borracha da polícia mexicana junto a um posto fronteiriço.
Nenhuma decisão foi ainda tomada, mas a administração Trump tem discutido a opção de tornar certos migrantes inelegíveis para obter asilo, invocando razões de segurança nacional, à luz da Lei da Imigração e Nacionalidade norte-americana.