Também a União Europeia se juntou às críticas internacionais ao teste à Bomba H. As Nações Unidas já anunciaram uma reunião do Conselho de Segurança esta quarta-feira à tarde.
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A União Europeia reagiu ao alegado teste da bomba de hidrogénio, considerando-o uma "grave violação das obrigações internacionais da Coreia do Norte, definidas pelas Resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas, que ditam que não podem ser produzidas armas nucleares", segundo uma declaração de Federica Mogherini, a Alta Representante da UE para Política Externa e Segurança. A nota acrescenta que este ato representa "uma ameaça à paz e à segurança de toda a região do nordeste da Ásia".
Também a NATO considerou o teste nuclear realizado pela Coreia do Norte e a sua "retórica incendiária e ameaçadora" claras violações das Resoluções do Conselho de Segurança da ONU. Jens Stoltenberg, secretário-geral da NATO, frisou que "os testes com armas nucleares anunciados pela Coreia do Norte minam a segurança regional e internacional", defendendo que "a Coreia do Norte deve abandonar as armas nucleares e os seus programas nucleares e de mísseis balísticos de uma forma completa, verificável e irreversível, e empenhar-se em negociações credíveis e autênticas sobre a desnuclearização".
As primeiras reações surgiram do Japão. Numa declaração aos jornalistas, o primeiro-ministro japonês disse que o teste nuclear levado a cabo pela Coreia do Norte "é uma ameaça séria à segurança da nossa nação e não podemos tolerar isso".
Shinzo Abe lembrou que os testes violam a resolução das Nações Unidas sobre o programa nuclear norte-coreano e anunciou que o Japão vai coordenar esforços com outros membros da ONU para travar a Coreia do Norte.
No mesmo sentido, a vizinha Coreia do Sul condenou veemente o teste e prometeu tomar todas as medidas necessárias para penalizar a Coreia do Norte.
Ainda na região, a China diz que não foi avisada dos testes. O ministro dos Negócios Estrangeiros condena a ação do governo norte-coreano e anuncia que vai trabalhar com a comunidade internacional para uma desnuclearização da Península Coreana.
Nos Estados Unidos, a Casa Branca diz que ainda não pode confirmar com certeza os testes nucleares na Coreia do Norte. Ainda assim, condena qualquer violação das resoluções das Nações Unidas que impedem o país de testar energia nuclear.
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Também a Austrália condena o teste. A ministra dos Negócios Estrangeiros diz que esta ação confirma a Coreia do Norte como "um Estado pária e uma ameaça contínua à paz e segurança internacionais". Julie Bishop pede ainda fortes sanções por parte das Nações Unidas.
França considera este teste à bomba de hidrogénio uma "violação inaceitável" das resoluções do Conselho de Segurança da ONU. Num comunicado, a Presidência apela a uma "reação forte da comunidade internacional".
O ministro dos Negócios Estrangeiros britânico, atualmente na China para uma visita oficial ao Extremo Oriental, diz que, a confirmar-se o teste à Bomba H, "é uma grave violação da resolução das Nações Unidos e uma provocação".
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O Conselho de Segurança das Nações Unidas convocou uma reunião de emergência para esta quarta-feira a tarde, depois do anúncio do teste à Bomba H. A reunião à porta fechada entre os 15 países membros foi convocada pelos Estados Unidos e pelo Japão.
Também a organização Human Rights Watch diz que Kim Jong-un merecia sentar-se no banco dos réus do Tribunal Internacional de Haia. Para esta ONG, o líder norte-coreano devia ser julgado por crimes contra a Humanidade.
A Rússia já condenou o teste à Bomba H. O ministro dos Negócios Estrangeiros russo diz que, a confirmar-se, trata-se de uma grave violação da Lei Internacional.