Estados Unidos, França, Alemanha e também a Ucrânia já condenaram o homicídio de Boris Nemtsov, de 55 anos, que foi alvejado na noite de sexta-feira quando passeava perto do Kremlin.
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A Casa Branca condenou hoje o assassínio «brutal» do líder oposicionista russo, um forte crítico do presidente Vladimir Putin. «Apelamos ao Governo russo para que conduza uma investigação rápida, imparcial e transparente e garanta que os responsáveis sejam levados à Justiça», conforme uma mensagem do Conselho de Segurança Nacional da Presidência norte-americana, distribuída através da rede social Twitter.
A chanceler alemã, Angela Merkel, declarou-se hoje «consternada» pela «morte cobarde» de Boris Nemtsov e apelou ao dirigente russo Vladmir Putin para que assegure que tudo será esclarecido.
«A chanceler Angela Merkel está consternada pela morte cobarde do opositor político russo Boris Nemtsov», segundo um comunicado da chancelaria difundido hoje. «Ela ( ... ) insta o presidente russo, Vladimir Putin, para que garanta que este assassínio é resolvido e os que os seus autores prestem contas», adianta o comunicado.
A dirigente conservadora realçou «a coragem do antigo vice-primeiro-ministro, que continuou a expressar publicamente as suas críticas à política do governo», acrescentou. O ministro dos Negócios Estrangeiros, Frank-Walter Steinmeier, mostrou-se, por seu lado, «triste e furioso», acrescentando que está em «choque como inúmeras pessoas na Rússia» por esta «morte a sangue-frio».
François Hollande, condenou hoje o «assassínio odioso» do opositor russo, saudando a memória de «um defensor corajoso e incansável da democracia», declarou a presidência francesa em comunicado.
O Conselho da Europa, pela voz do secretário-geral Thorbjoern Jagland, declarou-se chocado e a organização Human Rights Watch (HRW) apelou às autoridades russas para que façam uma investigação imparcial.
A morte de Boris Nemtsov suscitou já várias reações, incluindo do presidente russo, Vladimir Putin, que considerou o assassínio de um dos seus principais opositores «uma provocação». Na Rússia, o antigo ministro das Finanças de Vladimir Putin, Alexei Kudrine, considerou a morte de Nemtsov uma «terrível tragédia para todo o país».
Um dos companheiros de Boris Nemtsov na oposição, o antigo primeiro-ministro de Putin, Mikhail Kassianov, considerou que a morte foi «o preço a pagar pelo facto de Boris se ter batido durante anos para que a Rússia se torne um país livre e democrático». «No século XXI, em 2015, um líder da oposição foi morto sob os muros do Kremlin. Isto ultrapassa a imaginação», disse aos jornalistas.
Opresidente ucraniano, Petro Porochenko, considerou que Boris Nemtsov era «uma ponte entre a Ucrânia e a Rússia» e que essa ponte «foi destruída pelos disparos de um assassino. Acho que não foi por acaso», escreveu na rede social Facebook.
Boris Nemtsov, de 55 anos, copresidente do Partido Republicano da Rússia, foi alvejado na noite de sexta-feira quando passeava perto do Kremlin.