A França, a UE, a Argélia e a UA rejeitaram a declaração de independência por parte do movimento tuareg MNLA e lembraram que se mantém o princípio da integridade territorial do Mali.
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A comunidade internacional rejeitou em bloco a independência do norte do Mali, declarada esta sexta-feira pelos tuaregues que controlam três regiões deste país.
Em conferência de imprensa, o ministro francês dos Negócios Estrangeiros explicou que não se pode aceitar a «declaração unilateral que foi feita por um dos movimentos que está por detrás do que se passa no Mali, o MNLA».
Alain Juppé adiantou ainda que a «questão tuareg só pode ser resolvida no quadro de um diálogo com as autoridades de Bamako» e lembrou que a França «está ligada à integridade territorial do Mali».
A União Europeia, através da porta-voz de Catherine Ashton, representante para a diplomacia europeia, também disse que não é possível colocar em causa a integridade territorial deste país africano.
«Enquanto a ordem constitucional não for restaurada, nenhuma solução pode ser encontrada», explicou Maja Kocijancic, que acrescentou que a União Europeia continua a apoiar os esforços da CEDEAO para resolver esta crise.
A Argélia também já disse não aceitar a colocação em causa da integridade territorial maliana e considerou que a melhor solução para o problema passa pelo diálogo.
Em entrevista ao jornal francês Le Monde, o primeiro-ministro argelino mostrou-se, contudo, contra uma intervenção estrangeira no Mali, apesar de classificar a situação de «muito, muito preocupante».
Ahmed Ouyahia exigiu ainda o «restabelecimento da ordem constitucional no Mali» e mostrou-se proecupado com o facto de estwe constituir um «foco de tensão importante nas nossas fronteiras».
A União Africana também já «rejeitou totalmente» esta declaração de independência por parte do Movimento Nacional para a Libertação do Azawad, considerando que esta é ,«nula e de nenhum valor».
O presidente da Comissão da UA, Jean Ping, recorda o «princípio fundamental da intangibilidade das fronteiras» e pediu «apelou a toda a comunidade internacional a apoiar plenamente esta posição de princípio de África».