Depois de contados os votos, na Assembleia Geral das Nações Unidas, sucederam-se várias reações políticas à aprovação do estatuto de Estado observador para a Palestina.
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Ao mesmo tempo que um mar de gente saiu às ruas de Ramallah para festejar, o Hamas aplaudiu o que diz ser «a vitória da autoridade palestiniana, a caminho da libertação da palestina». Um sucesso que merece a alegria de todo o povo palestiniano, acrescenta um dirigente do Hamas em Gaza.
Em Israel, o primeiro-ministro considerou que ao apresentar à ONU o pedido para que fosse atribuído o estatuto de observador, a Autoridade Palestiniana desrespeitou os acordos com Israel e tendo isso em conta, o país vai agir em conformidade.
O comunicado de Benjamin Netanyahu, divulgado em Jerusalém, não concretiza de que forma, mas diz que o discurso de Mahmoud Abbas na ONU «foi difamatório e venenoso», «cheio de propaganda contra o exército e a população israelitas», diz o chefe do governo de Israel, acrescentando que quem deseja a paz não fala assim.
Benjamin Netanyahu acrescenta que nada vai mudar e que não haverá estado palestiniano sem que sejam tomadas medidas para garantir a segurança dos cidadãos israelitas.
Em Washington, a secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, apressou-se a dizer que a votação desta noite na ONU «foi infeliz e contra-producente».
Hillary Clinton diz que a decisão das nações unidas traz mais «obstáculos do que vantagens» e repete que o único caminho para a paz entre Israel e os palestinianos passa pelas negociações diretas.
De Paris, chegou o apelo ao recomeço das conversações entre os dois lados. Em comunicado, o presidente francês, François Hollande, diz que essas conversas devem reiniciar-se o mais depressa possível e sem quaisquer condições.
Só assim, entende François Hollande, pode ser encontrada uma solução definitiva para o conflito.
No mesmo sentido segue a reação do Brasil, através de uma nota do ministério dos negócios estrangeiros.