Conflito no Médio Oriente provoca "série de incidentes em Londres. Polícia aumenta patrulhas nas ruas
Pessoas saíram à rua com bandeiras palestinianas e a tocas buzinas de automóveis: "Não há lugar para isto no Reino Unido."
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A Polícia Metropolitana aumentou as patrulhas em algumas zonas da capital britânica depois de "uma série de incidentes" relacionados com o conflito entre Israel e Gaza, adianta este domingo a agência AFP.
Segundo a agência de notícias francesa, que cita um comunicado da policia londrina, as autoridades decidiram aumentar a presença nas ruas para "garantir uma presença visível e tranquilizar as comunidades".
"Estamos cientes de uma série de incidentes, incluindo os partilhados nas redes sociais, relacionados com o conflito em curso em Israel e na fronteira com Gaza", declarou a Polícia Metropolitana.
A polícia de Londres disse estar em contacto com os líderes da comunidade "para ouvir todas as preocupações".
"Qualquer pessoa que tenha um comportamento ameaçador ou que esteja preocupada com a sua segurança é convidada a contactar a polícia", cita o texto.
A AFP relata ainda que o Secretário para a Imigração, Robert Jenrick, partilhou um vídeo na rede social X (antigo Twitter) que mostrava pessoas a agitar bandeiras palestinianas na rua e a tocar buzinas de automóveis.
These disgusting people are glorifying the terrorist activities of Hamas, a proscribed organisation.
- Robert Jenrick (@RobertJenrick) October 7, 2023
There is no place for this in the UK.
I trust @metpoliceuk will be taking this seriously. https://t.co/6iogKhg9sv
O governante disse que essas pessoas "estão a glorificar as atividades terroristas do Hamas, uma organização proibida. Não há lugar para isto no Reino Unido".
O grupo islâmico Hamas lançou no sábado um ataque surpresa contra o território israelita, sob o nome de operação "Tempestade al-Aqsa", com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados por terra, mar e ar.
Mais de 300 cidadãos israelitas morreram na ofensiva do Hamas, enquanto cerca de 1600 ficaram feridos, de acordo com meios de comunicação social israelitas, que citam fontes médicas.
Do lado palestiniano, morreram pelo menos 232 pessoas e 1700 ficaram feridas, segundo o Ministério da Saúde de Gaza, território controlado pelo Hamas desde 2007.
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, declarou que Israel está "em guerra" com o Hamas.