
Protestos em Hong Kong
Liau-Chung-ren / Reuters
48 polícias feridos e 24 pessoas detidas em confrontos na cidade de Hong Kong
Corpo do artigo
Uma operação policial contra venda ambulante ilegal de comida nas ruas de Hong Kong acabou hoje em confrontos violentos, de acordo com a imprensa loca.
A operação da polícia desencadeou protestos entre os comerciantes e frequentadores da zona de Kowloon que, segundo a polícia, acabaram por lançar pedras, contentores e garrafas às forças de segurança. A polícia respondeu com gás pimenta e disparos de aviso.
O comandante adjunto da polícia de Hong Kong, Yau Siu-kei disse ao jornal South China Morning Post que é provável que o protesto contra a polícia estivesse preparado e organizado porque, assegurou, os manifestantes tinham carros para transportar escudos, capacetes e luvas, entre outros objetos.
Do lado dos manifestantes, houve, por outro lado, queixas da violência policial. A polícia deteve 24 pessoas, acusadas de ataque às forças de segurança, resistência à detenção, alteração da ordem pública e de obstaculizarem o trabalho policial.
O Governo de Hong Kong, uma região chinesa com administração especial, já condenou os protestos. O chefe do Executivo, Leung Chun-ying, disse que um 'mob' (grupo organizado) atacou a polícia e jornalistas.
De acordo com Leung, carros da polícia e de privados ficaram danificados e agentes das forças de segurança foram atacados com diversos objetos mesmo depois de já estarem caídos no chão e feridos.
"Penso que as pessoas poderão ver por si próprias nas imagens da televisão a seriedade da situação. O Governo [de Hong Kong] condena com firmeza estes atos violentos", afirmou, prometendo levar os culpados à justiça.
Esta é o maior episódio de violência em Hong Kong desde os protestos pró-democracia de 2014.