Confrontos tribais entre árabes na zona de Darfur, no Sudão, fizeram mais de 500 mortos e cerca de 900 feridos em sete semanas, afirmou hoje um deputado eleito pela região.
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Os números divulgados por Adam Sheikha, que representa o distrito de El Sireaf, referem-se às baixas provocadas por confrontos entre a tribo de Beni Hussein, a que pertence, e a tribo de Rezeigat na zona aurífera de Jebel Amir, no norte do Darfur.
«O número de mártires desde 06 de janeiro é 510, incluindo mulheres e crianças. Ouros 865 ficaram feridos», disse aos jornalistas, num balanço que ultrapassa em muito a estimativa de vítimas anterior para este conflito.
Sem se referir a baixas do lado Rezeigat, Adam Sheikha afirmou que 68 aldeias foram completamente destruídas, 120 danificadas e que se verificaram 15 violações.
Um balanço da Amnistia Internacional referia que cerca de 200 pessoas tinham morrido em confrontos tribais. A organização indicou ainda que os serviços de segurança sudaneses estiveram envolvidos.
No último ataque, atribuído à tribo Reizegat, uma milícia atacou com metralhadoras pesadas e granadas, queimando casas e matando mais de 50 pessoas em El Sireaf.
Sheikha afirmou que os autores do ataque chegaram em «veículos do governo, pagos e armados pelo Estado».