Uma comissão do Congresso de Deputados espanhol aprovou na quarta-feira, por unanimidade, uma proposta que insta o Governo a propor a inclusão da Resistência Galega na lista de organizações terroristas da União Europeia.
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Argumentando que a Audiência Nacional já qualificou a organização galega como "terrorista", a comissão de assuntos internos da câmara baixa do parlamento espanhol decidiu pedir ao executivo conservador do Partido Popular (PP) para fazer o mesmo e propor à União Europeia a inclusão na lista negra do terrorismo.
Todos os outros partidos políticos representados na comissão aprovaram o texto da proposta, que condena "todos os atos terroristas" cometidos pela Resistência Galega.
Na apresentação da proposta pelo PP, a deputada Ana Vázquez justificou que não há «terrorismo de baixa ou alta intensidade, quando se trata de subverter a ordem constitucional», mas apenas «o recurso à violência contra pessoas e bens como único meio para alcançar os seus objetivos».
A deputada popular considerou que «a Resistência Galega imita a ETA» e sustentou que a democracia não pode permitir «a imitação do sofrimento que este grupo terrorista [basco] provocou durante anos».
Sublinhando que a Resistência Galega, cuja primeira ação remonta a 14 de julho de 2005, «faz das bombas o principal argumento», a deputada sustentou que a sua existência «não tem lugar em democracia».