O Conselho de Segurança da ONU aprovou, esta sexta-feira, o levantamento das sanções ao banco central líbio, permitindo o «descongelamento» de milhares de milhões de dólares a favor das novas autoridades líbias.
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A retirada das sanções ao banco central e ao "braço" financeiro deste no estrangeiro, o Libyan Arab Foreign Bank, foi decidida esta sexta-feira à tarde no comité de sanções do Conselho de Segurança para a Líbia, presidido por Portugal.
«Isto vai permitir aos Estados Unidos e a outros países descongelar milhares de milhões de dólares para ajudar os líbios a construir a sua democracia», afirmou a embaixadora norte-americana junto da ONU, Susan Rice.
Impostas pelas resoluções 1970 e 1973, aprovadas pelo Conselho de Segurança em Fevereiro de 2011 no auge da repressão do regime de Muammar Kadhaffi contra manifestantes, as sanções visavam diminuir as fontes de financiamento do ditador líbio, que morreu nas mãos dos rebeldes, em Outubro.
«Agora que os líbios desenvolvem o seu próprio Estado, estas sanções podem ser eliminadas de uma maneira responsável», adiantou Rice, prometendo continuar a cooperar com as novas autoridades na construção de um «futuro próspero, democrático e seguro» para os seus países.
O chefe da diplomacia britânica também reagiu de imediato congratulando-se com a decisão, «mais um momento significativo na transição» na Líbia.
«Significa que o governo líbio vai agora ter total acesso a fundos significativos necessários a reconstruir o país, para fortalecer a estabilidade e garantir que os líbios podem fazer as transacções necessárias no seu dia-a-dia», refere a declaração divulgada pelo gabinete de William Hague.
Para a libertação de perto de 6,5 mil milhões de libras (7,74 mil milhões de euros) congelados no Reino Unido, adianta Hague, a União Europeia tem ainda de aprovar regulação necessária.
Estima-se que nos Estados Unidos estejam activos líbios avaliados em 30 mil milhões de dólares (23 mil milhões de euros).