A agenda do Conselho Europeu será dedicada à estratégia que servirá de compromisso para o próximo mandato da Comissão Europeia. Antes de Bruxelas, os líderes europeus passam por Ypres, para assinalar os 100 anos do início da I Guerra Mundial.
Corpo do artigo
Ypres, na Bélgica, é um dos mais sangrentos campos de batalha de todo conflito. Na cidade da Flandres, situada a pouco mais de 100 quilómetros de Bruxelas, tombaram 54.000 combatentes da Austrália, Canadá, Índia, África do Sul e Canadá.
Os líderes europeus seguem depois para um jantar de trabalho que marca o início da cimeira europeia. É previsível que neste encontro dos 28 seja submetida a votação a nomeação de Jean-Claude Juncker para próximo presidente da Comissão Europeia, mas oficialmente, o assunto não faz parte da agenda.
O encontro vai servir assim para discutir a agenda estratégica que servirá de compromisso para o próximo mandato da Comissão Europeia. O primeiro dos cinco tópicos do documento é o compromisso em torno da criação de empregos, do crescimento e da competitividade.
O texto que será aprovado pelos 28 assinala o lento crescimento, o elevado nível de desemprego, o investimento público e privado insuficientes, a falta de competitividade e os desequilíbrios na zona euro como problemas a combater pelo futuro executivo comunitário.
O documento defende também mais proteção para os cidadãos, como sistemas sociais que sejam eficientes, justos e sustentáveis no futuro.
Criar uma União Energética na Europa é outro dos compromissos pelo qual o futuro presidente da Comissão se deve bater, apostando segurança energética, tendo em conta os recentes desenvolvimentos a leste, na poupança de energia, criando sistemas mais eficientes e também nas chamadas energias verdes.
A política de emigração é outras das intenções que consta da agenda estratégica para a Europa, na qual se defende a cooperação com países terceiros para evitar as migrações irregulares, e para criar a capacidade de atrair estrangeiros com competências específicas necessárias à Europa.
Por fim, o compromisso para o reforço do peso geopolítico da União Europeia, defendendo mais consistência e coordenação nas políticas externas dos 28, a promoção da democracia nos países vizinhos e o investimento numa política comum de segurança, defesa e cooperação.