A Comissão Europeia quer juntar mais mil e 700 milhões de euros suplementares para a crise dos refugiados. A antecipar a Cimeira de chefes de Estado desta tarde, o presidente do Conselho Europeu pede mais ajuda para quem procura asilo, mas também para os países europeus da linha da frente.
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Esta quarta-feira realiza-se a cimeira de chefes de estado e de governo dos 28, para debater a crise dos refugiados.
Donald Tusk, o presidente do Conselho Europeu diz que é prioritário tratar do controlo das fronteiras externas, porque sem isso não faz sentido falar de uma política comum de migração. Reclama também mais ajuda para os refugiados e diz que chega de estados de alma, é preciso agir.
Donald Tusk vai confrontar os líderes europeus com medidas que quer ver adotadas.
"Mais ajuda para os refugiados, através do programa alimentar mundial e da Agência das Nações Unidas para os Refugiados e mais ajuda para a Turquia, Jordânia e Líbano e outros países na região e para os países europeus da linha da frente".
O presidente do Conselho Europeu considera que os lideres têm de estar conscientes que se não tomarem medidas, a situação vai agravar-se.
"Os conflitos no meio oriente, especialmente na síria e no Iraque não vão terminar tão cedo. Dos 8 milhões de deslocados da Síria, cerca de 4 milhões foram para a Turquia, Jordânia, Líbano e Iraque. Estamos a falar de milhões de potenciais refugiados a tentarem alcançar a Europa. Não são milhares".
Perante esta possibilidade, Tusk defende que a Europa tem de encontrar ainda outra resposta.
"Como vamos recuperar o controlo das nossas fronteiras externas. De outra forma, nem sequer faz sentido continuar a falar numa política europeia de imigração comum".
Donald Tusk desafia os lideres a mudarem a direção do debate europeu sobre os refugiados.
"Atingimos um ponto crítico em que precisamos de por termo ao ciclo de recriminações e de mal-entendidos".
O polaco pede aos governos europeus para encarem o problema de forma objetiva.
"O nosso debate tem de ser baseado em factos e não em ilusões e estados de alma".
O presidente considerou ainda que as medidas que vai apresentar não vão por termo à crise, mas considera que são passos necessários na direção certa.