O Presidente de transição da Guiné-Bissau, Serifo Nhamadjo, disse hoje que aguarda pela decisão do primeiro-ministro para tomar uma posição sobre o pedido de demissão de dois ministros envolvidos no embarque forçado de sírios num avião da TAP. Um dos dois ministros também diz que «continua a aguardar»
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Os ministros dos Negócios Estrangeiros, Delfim da Silva, e do Interior, António Suca Ntchama, colocaram na semana passada os lugares à disposição, mas até hoje ainda não foi tomada nenhuma decisão.
«O Governo é dirigido por um primeiro-ministro e consequentemente será ele a enviar ao Presidente as propostas de substituição ou não dos ministros demissionários. Eu, da minha parte, cumprirei as minhas obrigações desde que sejam propostas concretas do Governo», disse o Presidente Nhamadjo.
Já o ministro demissionário dos Negócios Estrangeiros, Delfim da Silva, questionado pela agência Lusa sobre a sua situação no Governo, afirmou que «continua a aguardar» pela resposta do Presidente sobre o seu pedido de demissão.
O nome do ministro dos Negócios Estrangeiros não foi referenciado nas conclusões do inquérito, mas Delfim da Silva decidiu apresentar o seu pedido de demissão do Governo de transição por desacordo com o que o diz ser um escândalo diplomático entre a Guiné-Bissau e Portugal.
O Governo português já pediu às autoridades guineenses que tirem «consequências» deste incidente, na sequência das conclusões da comissão de inquérito.