Continuam os protestos em Myanmar apesar de militares libertarem milhares de detidos
Os manifestantes exigem que o poder seja devolvido ao Governo de Aung San Suu Kyi, numa altura em que quase 250 pessoas estão detidas depois do golpe de 1 de fevereiro.
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Os protestos contra o golpe de Estado continuam esta sexta-feira nas ruas de Myanmar (antiga Birmânia), quando milhares de presos foram libertados pela Junta Militar, que prossegue, contudo, com a detenção de opositores.
Perto de 250 pessoas estão agora detidas desde o golpe de 1 de fevereiro, que depôs o Governo de Aung San Suu Kyi, de acordo com uma organização não-governamental que ajuda presos políticos, entre os quais funcionários locais, membros do parlamento, membros da comissão eleitoral e ativistas.
Os manifestantes exigem que o poder seja devolvido ao Governo de Aung San Suu Kyi, a libertação da Prémio Nobel da Paz (1991) e de outros membros do seu partido, a Liga Nacional para a Democracia, detidos depois de os militares terem encerrado a primeira sessão do novo Parlamento a 1 de fevereiro.
A ONU, a UE, os Estados Unidos, o Japão, a China, a França e o Reino Unido foram algumas das vozes internacionais que criticaram de imediato o golpe de Estado promovido pelos militares em Myanmar.