A diretora do departamento de meio ambiente do Ministerio das Relações Exteriores quer ver cumprido o mecanismo financeiro permanente dedicado à Convenção sobre a Biodiversidade
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O Brasil quer ver cumprido o mecanismo financeiro permanente e dedicado à Convenção sobre a Biodiversidade. A promessa é antiga, mas continua a ter entraves, nomeadamente dos países desenvolvidos, disse esta quarta-feira a embaixadora Maria Angélica Ikeda.
"Em causa está lutar por uma decisão robusta, para que realmente se consiga cumprir a promessa que está no artigo 21 da Convenção sobre Biodiversidade Biológica, de criar a estrutura do mecanismo financeiro permanente e dedicado à nossa Convenção sobre Biodiversidade", explicou a diretora do departamento de meio ambiente do Ministério das Relações Exteriores do Brasil.
"É uma promessa com 30 anos. Esta reação dos países em desenvolvimento tem muito a ver com a frustração de uma promessa não cumprida", acrescentou.
Por isso, a responsabilidade está agora do lado dos países desenvolvidos, acrescenta.
"Continuamos com a mesma pergunta: qual é o problema? O que temos de fazer para ficar aceitável para todos? Nós, países em desenvolvimento, estamos aqui à espera de um movimento e de um sinal político dos países desenvolvidos, que tem muito mais dinheiro, muitos mais recursos e menos problemas socioeconómicos" atira Maria Angélica Ikeda.
A responsável brasileira espera ainda que o contexto geopolítico internacional não afete o financiamento para a proteção da natureza nos países mais pobres.
