Já sobre a necessidade da COP16 terminar com um acordo, a ministra Maria da Graça Carvalho não tem dúvidas: "É importante sair de Roma com um avanço. É o reforço da biodiversidade, mas é também um reforço do próprio sistema das Nações Unidas, da cooperação multilateral"
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As metas portuguesas de 30% de áreas marinhas e áreas terrestres protegidas até 2030 estão agora ajustadas às prioridades da COP16, que decorre em Roma. Era um dos pontos de destaque de Portugal e foi esta terça-feira formalmente submetido junto da Conferência. O caminho está traçado, falta agora colocá-lo em prática.
Nas áreas terrestres, a meta segue com números positivos, mas ainda subsistem alguns aspetos em que é necessário trabalhar. A ministra do Ambiente e Energia, Maria da Graça Carvalho, destaca a necessidade de "aprofundar a gestão, aumentar a percentagem que tem uma proteção restrita, porque, neste momento, há cerca de 4%, e um dos objetivos é aumentar essa parte mais restrita".
Para a ministra do Ambiente, é preciso trabalhar de perto com as comunidades que vivem nestas zonas com características específicas. "Nós estamos a olhar para todas as zonas com habitats especiais. São 61. Estamos a identificar esses habitats, a proteção para esses habitats e a fazer uma portaria para cada um deles. Todos eles precisam de ser em diálogo com os municípios, com os atores locais, com os agricultores", sublinha ainda Maria da Graça Carvalho.
Já sobre a necessidade de esta COP16, versão 2, terminar com um acordo, Maria da Graça Carvalho não tem dúvidas: "É importante sair daqui [Roma] com um avanço. É o reforço da biodiversidade, mas é também um reforço do próprio sistema das Nações Unidas, da cooperação multilateral."
Este primeiro dia da Conferência fica ainda marcado pelo lançamento oficial do fundo de Cali, um mecanismo saído da COP15, e que pretende que as empresas dos setores farmacêutico, biotecnológico e cosmético, que utilizam informação genética dos recursos da biodiversidade, possam contribuir com 1% dos lucros ou 0,1% das receitas, para apoiarem os povos indígenas.
A TSF está a acompanhar a Conferência da ONU para a Biodiversidade a convite do Instituto da Conservação da Natureza e Florestas (ICNF).
