O copiloto do Airbus A320 da companhia aérea Germanwings, suspeito de ter feito o avião despenhar-se nas montanhas no sudeste de França, recebeu tratamentos por tendências suicidas no passado, mas não recentemente, disse hoje a justiça alemã.
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«O copiloto esteve em tratamento psicoterapêutico por tendências suicidas há vários anos, antes de ter obtido a licença de piloto», indicou o procurador de Dusseldorf (oeste), Ralf Herrenbruck.
Depois disso e «até recentemente, realizou outras consultas médicas que resultaram em baixas por doença, mas sem terem sido atestadas tendências suicidas ou de agressividade para terceiros», acrescentou o procurador numa breve declaração escrita, sem precisar o motivo destas consultas e baixas médicas.
O ministério público de Dusseldorf sublinhou não ter sido encontrada qualquer carta a anunciar um eventual plano para fazer despenhar um avião ou a reivindicar o acidente, ocorrido em 24 de março. Nada «no ambiente familiar, pessoal ou no local de trabalho» permitiu, até aqui, reunir informações sobre eventuais motivações, acrescentou.
Andreas Lubitz, de 28 anos, é suspeito de ter deliberadamente causado a queda do avião da transportadora alemã de baixo custo Germanwings, matando 150 pessoas.
Na sexta-feira, o ministério público de Dusseldorf, onde Lubitz vivia parcialmente, anunciou que o copiloto devia estar de baixa médica no dia do acidente. Os investigadores encontraram atestados de incapacidade para o trabalho rasgados.
O jornal alemão Bild am Sonntag afirmou que os investigadores encontraram, no apartamento de Lubitz receitas de medicamentos, habitualmente prescritos a doentes maníaco-depressivos, e grandes quantidades de soporíferos.