A Coreia do Norte ameaçou hoje transformar o palácio presidencial de Seul num «mar de fogo», quando se assinalam três anos do bombardeamento de uma ilha sul-coreana.
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O exército sul-coreano lançou manobras militares nas imediações da ilha de Yeonpyeong, onde sul-coreanos - dois soldados e dois civis - foram mortos num ataque norte-coreano a 23 de novembro de 2013.
«Há três anos, um batismo de fogo de represálias limitou-se a Yeonpyeong, mas da próxima vez, a Casa Azul [nome do palácio presidencial sul-coreano] e todos os edifícios desse regime serão alvos», alerta o exército norte-coreano em comunicado.
A mesma nota refere que, se «Seul continuar a provocar, o mar de fogo de Yeonpyeong tornar-se-á num mar de fogo na Casa Azul».
A Coreia do Norte lança regularmente ameaças contra o sul, mas raramente elas são seguidas de atos, no entanto, há três anos, Pyongyang respondeu às manobras militares sul-coreanas por considerar que elas estavam a ser realizadas nas suas águas.
A fronteira marítima, traçada em 1953 pelas forças das Nações Unidas, não é reconhecida por Pyongyang.
Este episódio foi um dos mais graves registados desde o fim da Guerra da Coreia (1950-53).