Apesar de fechado, reator nuclear da central de Yongbyon aparenta estar a ser alvo de manutenção.
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A Agência Internacional de Energia Atómica (IAEA, na sigla em inglês) está preocupada com o facto de a Coreia do Norte continuar operar instalações nucleares.
"A manutenção do programa nuclear da República Popular Democrática da Coreia é uma violação clara das resoluções relevantes do Conselho de Segurança da ONU e é profundamente lamentável", alerta a organização fiscalizadora das Nações Unidas.
Desde o último relatório, em agosto de 2019, há "indicações consistentes com a produção de urânio enriquecido na central nuclear de Yongbyon", revela a IAEA, citada pela AFP.
No relatório deste ano, divulgado esta quarta-feira, a IAEA admite que não foi possível ter acesso a esta centra nuclear - nem a nenhum outro local na Coreia do Norte - mas baseia as suas conclusões na análise da "informação disponível" e imagens de satélite.
A aparente inexistência de vapor e descargas de água para arrefecimento na central de Yongbyon provam "com quase total certeza, que o reator permanece fechado desde dezembro de 2018". Mas há indicações de que está a ser mantido operacional, como a presença regular de um tanque de dióxido de carbono portátil no local.
Pyongyang declarou uma moratória autoimposta a testes nucleares e lançamentos de mísseis balísticos internacionais em abril de 2018, um gesto que ajudou a convocar a primeira cimeira entre Kim Jong-un e Donald Trump, em Singapura.
Na reunião entre o líder norte-coreano e o Presidente dos EUA, realizada em junho de 2018, os dois países comprometeram-se a "trabalhar pela desnuclearização da península coreana", mas, para além das sanções, nada efetivamente mudou.