A estrutura começou a ser desmontada quando se reiniciaram as negociações entre Washington e Pyongyang, mas está de novo a ser reconstruída. Imagens de satélite mostram os trabalhos no local.
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O Centro de estudos "Beyond Parallel" e o blogue "38 North" foram os primeiros a avançar a informação.
A estação de lançamento de Sohae, onde os trabalhos para destruir a plataforma de lançamentos e o local onde eram feitos os testes de motores pararam em agosto de 2018, está de novo a ser reconstruída. As imagens de satélites comerciais, mostram que os esforços para recuperar essas estruturas começaram entre 16 de fevereiro e 2 de março deste ano. Ou seja, os trabalhos começaram nos dias antes, durante ou imediatamente depois da cimeira de Hanói.
A estação de Sohae é das poucas existentes na Coreia do Norte que permite o desenvolvimento de componentes para mísseis.
Joel Wit, um antigo diplomata do Departamento de Estado e fundador do blogue "38 North", escreveu no Twitter que o movimento em Sohae, ou Tongchang-ri como também é conhecido, não é uma prova de que a Coreia do Norte se está a preparar para testar um míssil balístico intercontinental. É preciso ter mais informações para analisar ao certo o que está a acontecer.
A Coreia do Norte já testou com sucesso dois tipos de mísseis de longo alcance, a partir de plataformas móveis, e por isso não precisa desta estação de lançamento para fazer novos testes.
Esta descoberta coloca, no entanto, muitas dúvidas sobre o futuro do relacionamento entre os Estados Unidos e a Coreia do Norte. Na semana passada, a cimeira entre Donald Trump e Kim Jong-un, em Hanói, foi interrompida sem qualquer entendimento. O Presidente norte-americano manifestou-se disponível para novos encontros, mas algumas pessoas próximas do líder norte coreano levantaram dúvidas sobre a utilidade de futuros contactos.