É o resultado das negociações com a Coreia do Sul, retomadas dois anos depois.
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A Coreia do Norte vai enviar uma delegação aos Jogos Olímpicos de Inverno que arrancam no próximo mês na Coreia do Sul. A delegação inclui atletas, jornalistas e artistas norte-coreanos. Os dois países chegaram a acordo na madrugada desta terça-feira.
Seul já adiantou que está a considerar levantar temporariamente as sanções contra a Coreia do Norte para facilitar a visita de norte-coreanos ao país durante o evento, uma medida que seria tomada em articulação com as Nações Unidas.
No final da reunião, o responsável sul-coreano adiantou que foi proposto que as duas Coreias desfilassem juntas na cerimónia de abertura dos Jogos. As conversações incluíram também a possibilidade de reunião de famílias separadas desde o fim da Guerra da Coreia, em 1953. A Coreia do Sul sugeriu encontros durante os feriados do Ano Novo Lunar, no próximo mês. As duas propostas de Seul ainda não tiveram resposta por parte de Pyongyang.
De acordo com a Reuters, em cima da mesa esteve ainda uma proposta para o início de negociações militares com o objetivo de reduzir tensões na península coreana.
Um princípio de diálogo
O subdiretor do Diário de Notícias, Leonídio Paulo Ferreira, destaca o simbolismo da presença dos norte-coreanos, recordando que o desporto sempre serviu de elo de ligação entras as duas Coreias. "Há canais que se têm mantido ao longo dos tempos e os canais desportivos são muito importantes", defende.
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No encontro, que decorreu numa aldeia junto à fronteira, a Coreia do Sul propôs ainda um encontro entre as famílias que estão separadas há décadas. A reunião podia realizar-se já no próximo mês, nas comemorações do Ano Novo Lunar.
Leonídio Paulo Ferreira explica o significado que este encontro poderia ter para o lado sul coreano.
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