A Coreia do Sul e os Estados Unidos vão reforçar a cooperação, a fim de estarem preparados para eventuais ciberataques, depois de, em de março, várias entidades sul-coreanas terem sido afetadas, revelou hoje o Governo de Seul.
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«Vamos cooperar com os Estados Unidos no sentido de delinear medidas ao nível da política informática, de tecnologia e informação» devido aos recentes ataques registados na Coreia do Sul, alegadamente orquestrados pela Coreia do Norte, avançou um porta-voz do ministério da Defesa à agência Yonhap.
A 20 de março, um 'apagão' repentino afetou os computadores das cadeias televisivas KBS, YTN e MBC e dos bancos Shinhan, Jeju e Nonghyup, paralisando por completo os seus sistemas informáticos durante vários dias.
Inicialmente, as autoridades sul-coreanas atribuíram o ataque a um código procedente de um endereço de IP da China, o que alimentou as suspeitas da implicação da Coreia do norte, mas, mais tarde, indicaram ter encontrado o rasto de computadores da Europa e Estados Unidos.
As investigações para apurar a origem dos ataques prosseguem.
Fontes oficiais de Seul, que conta, desde 2010, com uma unidade especial de cerca de 400 profissionais especializados em crimes informáticos, garantiram hoje ter descoberto métodos de dissuasão face a eventuais ciberataques, sobretudo face a ameaças do Norte, que se acredita que dispõe de um 'exército cibernético', formado por aproximadamente 3.000 piratas informáticos.
As autoridades sul-coreanas mantêm a posição de que, desde 2009, o regime do país vizinho atacou, por diversas ocasiões, organismos estatais da Coreia do Sul, bem como sistemas informáticos de bancos e universidades.
Contudo, Pyongyang sempre negou a sua participação nos ataques informáticos contra portais públicos ou privados da Coreia do Sul e inclusivamente acusou recentemente Seul e Washington de tentar boicotar servidores norte-coreanos.
A Coreia do Sul e os Estados devem delinear, antes de julho, as linhas mestras da sua nova estratégia no âmbito da luta contra a pirataria informática, a fim de apresentá-las na sua reunião anual de segurança, prevista para outubro.