Coreia do Sul em alerta após detetar grande mobilização de aeronaves norte-coreanas
O Ministério da Defesa da Coreia do Sul detetou cerca de 180 aviões militares mobilizados no território da Coreia do Norte.
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O exército sul-coreano mobilizou esta sexta-feira 80 aviões depois de identificar um grande destacamento de aeronaves da Coreia do Norte, que tem lançado mísseis para responder a manobras militares de Seul e Washington.
A prontidão militar surge, na sequência da deteção de cerca de 180 aviões militares mobilizados no espaço aéreo norte-coreano, disse o Ministério da Defesa da Coreia do Sul em comunicado.
"A Força Aérea da República da Coreia [nome oficial do Sul] mobilizou rapidamente os seus recursos (...), incluindo 80 unidades de F-35A", explica-se na mesma nota, acrescentando que cerca de 240 aviões que participam nos exercícios conjuntos com os Estados Unidos foram ativados, em sintonia com uma "postura vigilante" face à possível ameaça.
A Coreia do Norte lançou mais de 20 mísseis nos últimos dois dias em resposta aos exercícios militares dos Estados Unidos e da Coreia do Sul, iniciados na segunda-feira.
Os testes balísticos efetuados na quarta-feira incluíram pelo menos 23 mísseis, bem com cerca de 100 projéteis de artilharia que foram disparados numa zona de amortecimento marítima oriental.
Já esta sexta-feira, o Japão anunciou que irá melhorar o sistema 'J-Alert', de alerta à população sobre emergências como mísseis ou sismos, após os últimos lançamentos de mísseis da Coreia do Norte, um dos quais ativou na quarta-feira este alerta em várias regiões do país, embora nenhum projétil tivesse sobrevoado o arquipélago.
O porta-voz do governo japonês, Hirokazu Matsuno, fez o anúncio, na sequência de críticas recentes contra o sistema de alerta civil, alegadamente lento a responder ao lançamento da Coreia do Norte.
"Enviámos o alerta o mais rápido possível assim que recebemos as informações, mas como recebemos opiniões de que deve ser feito ainda mais cedo, ministérios e agências relacionadas trabalharão juntos para melhorar o sistema", garantiu Matsuno.
O 'J-Alert' também tinha sido criticado, depois de, em 4 de outubro, ter dado, devido a um erro, o alerta em nove cidades e vilas da região metropolitana de Tóquio, em resposta a um lançamento de um míssil balístico norte-coreano que sobrevoou o norte do Japão.
Além deste erro, o alerta foi enviado à população do norte do Japão de forma tardia, apenas no momento em que o míssil norte-coreano sobrevoava a região e não com dez minutos de antecedência, para permitir aos residentes procurar um abrigo.