O vírus, que teve origem na China, já provocou 26 mortos e há mais de 900 pessoas infetadas.
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O coronavírus chegou à Europa. O Governo francês confirma a existência de dois casos no país, um em Paris e outro em Bordéus. O surto, que teve origem na China, já provocou a morte a 26 pessoas e há mais de 900 pessoas infetadas, em mais de 10 países.
Em conferência de imprensa, a ministra da Saúde francesa explicou que o doente que foi assistido em Bordéus é um homem de 48 anos, que regressou recentemente da cidade de Wuhan. "Está internado numa sala de isolamento. Esteve em contacto com uma dúzia de pessoas desde que chegou a França", disse Agnes Buzyn.
A governante referiu-se ainda a um segundo caso confirmado em Paris, explicando que ainda tem pouca informação. "Sabemos que essa pessoa viajou para China, mas não sabemos se esteve em Wuhan", disse.
Mais tarde, o Ministério da Saúde francês confirmou a existência de um terceiro caso. Em comunicado, o governo explica que o paciente em causa será familiar de um outro doente internado na zona de Paris.
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Instituto Ricardo Jorge "permitirá dar uma resposta para casos suspeitos de forma rápida"
Raquel Guiomar, responsável pelo Laboratório Nacional de Referenciação para a Vigilância da Gripe e outros vírus respiratórios, explica que os testes deverão permitir confirmar uma infeção em cinco horas.
"O Instituto Ricardo Jorge, à semelhança também do que tem vindo a fazer para outras situações, como o diagnóstico do coronavírus no Médio Oriente, vai implementar um diagnóstico que permitirá dar uma resposta para casos suspeitos de forma rápida e isso implica um espaço de cerca de cinco horas após a amostra ter chegado aqui ao instituto", explicou à TSF Raquel Guiomar.
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A especialista acrescenta que, a partir do momento em que seja confirmada a infeção, o Instituto Ricardo Jorge irá acompanhar esses casos para permitir o estudo mais apurado do vírus.
"Se um caso for confirmado temos ainda a possibilidade de fazer a monitorização do caso para estudar também a expressão do vírus ao longo do período de doença. O instituto tem também implementada, desde há alguns anos, uma metodologia que permite fazer o estudo genómico destes novos agentes", acrescentou a responsável pelo Laboratório Nacional de Referenciação para a Vigilância da Gripe.
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