De acordo com um documento interno o Conselho Europeu garante estar "a tomar as medidas necessárias para limitar os riscos de transmissão da COVID-19 a terceiros".
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Foi identificado um segundo caso de coronavírus, entre os funcionários das instituições de Bruxelas. Trata-se de um funcionário do Conselho Europeu que está infetado com o coronavírus.
Antes de adoecer estava a trabalhar no "Secretariado-Geral do Conselho", que tem como funções, por exemplo, a assistência ao presidente do Conselho ou a coordenação dos trabalhos para as reuniões cimeiras em que participam, os chefes de Estado ou de governo da União Europeia, entre os quais, o primeiro-ministro António Costa.
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De acordo com um documento interno o Conselho Europeu garante estar "a tomar as medidas necessárias para limitar os riscos de transmissão da COVID-19 a terceiros", nomeadamente através da "identificação das pessoas" com quem este funcionário "esteve em contacto próximo no local de trabalho nos quatro dias antes do início dos sintomas".
No mesmo comunicado em que anuncia que está a despistar eventuais contágios internos, a outras pessoas, a instituição em que trabalham 116 portugueses, esclarece que este funcionário foi contagiado na Bélgica.
"Quando essas pessoas estiverem identificadas, o Serviço Médico acompanhará e avaliará os riscos individuais e fornecerá orientação e instruções adequadas", refere o texto em que o Conselho anuncia aos funcionários que "está a identificar locais, nas instalações do Secretariado-Geral do Conselho o colega esteve presente, garantindo uma limpeza adequada".
Coronavírus na Agência Europeia de Defesa
Esta manhã, tinha sido identificado um primeiro caso de coronavírus, entre os funcionários das instituições europeias. Neste caso, um funcionário da recém-criada Agência Europeia de Defesa, a quem foi detetada uma infeção com o novo coronavírus.
Como medida de precaução, a agência cancelou todas as reuniões nas suas instalações, até ao dia 13 de março. Os funcionários deste novo organismo da União Europeia também cancelaram todas as reuniões externas, até à mesma data. A Agência Europeia de Defesa confirma que o homem tinha regressado de Itália, concretamente de "Milão e Cortina", na semana passada.
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A agência está a atualmente a "abordar" estes relatos veiculados na imprensa, que dão conta que o homem manteve uma reunião com cerca de 30 pessoas. Já depois disso, um outro funcionário, entre o pessoal militar do serviço de ação externa, sentiu-se mal, e aguarda resultados de despistagem do vírus.
Alguns dos participantes da reunião viajaram ou reuniram-se com outras pessoas, cita a publicação online de informação da União Europeia Euractiv.
O homem e "está atualmente em casa, em isolamento, desde que os sintomas apareceram na noite de sábado (29 de fevereiro de 2020)", refere um comunicado da deste organismo da UE, em que assegura que "o indivíduo relatou sintomas muito leves e não retornou à agência desde então".
A agência garante que "já realizou uma desinfeção do escritório e das instalações de reunião relevantes do funcionário em questão".
As autoridades belgas detetaram 10 novos casos de coronavírus no país, em 495 casos suspeitos testados em laboratório, durante a madrugada de hoje. Num comunicado emitido esta manhã, o ministério da Saúde dá conta que nove destas pessoas chegaram já infetadas à Bélgica, ou seja, uma das infeções ocorreu por transmissão dentro do território.
O número total de pessoas que contraíram a doença ascende agora aos 23, na Bélgica, sendo que um dos pacientes, - que chegou ao país através do repatriamento de cidadãos da União Europeia, da zona de Wuhan, na China, através do A380 fretado em Beja -, já se contra recuperado.
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Esta manhã, o Banco Central Europeu, com sede em Frankfurt, na Alemanha, onde estão identificados 240 casos de contágio, anunciou medidas de proteção dos seus funcionários, cancelando reuniões e deslocações não essenciais, pelo menos "até 20 de Abril".
O Parlamento Europeu, através de uma ordem do presidente da instituição, o italiano David Sassoli já tinha anunciado medidas esta semana, nomeadamente o encerramento de portas às visitas do exterior. A instituição recebe em média, cerca de 700 mil visitantes por ano. Durante as próximas três semanas, serão cancelados 130 eventos nas instalações do Parlamento, em que deveriam participar entre 6000 a 7000 participantes.