Cossacos assinalam derrota nazi na II Guerra Mundial com viagem a cavalo até Berlim
Um grupo de cossacos russos partiu hoje de Moscovo a cavalo em direção a Berlim para assinalar os 70 anos da derrota da Alemanha nazi, em 1945.
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Os vinte cavaleiros tencionam cavalgar durante mais de um mês a distância de 2.500 quilómetros entre as duas capitais, com passagens previstas pela Bielorrússia e Polónia para cumprirem o mesmo percurso da Cavalaria Soviética, durante a II Guerra Mundial (1939-1945).
"Prevemos chegar a Berlim no dia 22 de julho", disse Pavel Moshchalkov na altura em que o grupo se preparava para abandonar Moscovo.
Os homens vestem uniformes militares cossacos, armados com os sabres de cerimónia, e viajam com uma bandeira da Federação Russa.
A viagem a cavalo dos cossacos russos acontece depois de um grupo de motociclistas apoiados pelo presidente da Rússia, Vladimir Putin, terem tentado realizar a mesma viagem através da Europa de Leste em direção a Berlim para assinalarem a vitória do antigo Exército Vermelho sobre a Alemanha nazi, na II Guerra Mundial.
Os motociclistas do grupo 'Lobos Noturnos' foram obrigados a regressarem à Rússia depois de problemas relacionados com vistos nas fronteiras da Lituânia e da Polónia.
Os cossacos, que viajam patrocinados por entidades privadas, sublinharam que a viagem é "amigável" e que querem evitar qualquer tipo de controvérsia durante o percurso.
"Esta é uma viagem de amizade. Os alemães reagiram de forma positiva quando souberam da nossa iniciativa, mas não sabemos como vão reagir os polacos", disse Moshchalkov referindo-se também a uma viagem efetuada em 2012 entre a Rússia e a França. "Esta iniciativa não tem nenhuma intenção política", vincou.
Entretanto, o Governo regional de Moscovo, em comunicado, disse que os cossacos vão envergar os trajes tradicionais e que durante a viagem vão realizar-se eventos culturais, incluindo concertos e espetáculos equestres, sendo que devem depois ser acompanhados por cavaleiros polacos e alemães.
Neste momento, as relações entre a Rússia e os países da Europa ocidental estão afetadas pela guerra na Ucrânia que já fez mais de seis mil mortos.