Costa "pormenorizou" calendário de entrega dos três Leopard 2 em reunião com Zelensky
Primeiro-ministro considera que participação de Zelensky na cimeira representou "momento marcante".
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Os líderes europeus concluíram esta madrugada uma cimeira, em Bruxelas, que se prolongou durante 17 horas, e que fica essencialmente marcada pela participação de Volodymyr Zelensky.
Para o primeiro-ministro, António Costa, a participação do presidente ucraniano na cimeira representou um "momento marcante", que permitiu fazer um debate presencial sobre o apoio europeu à Ucrânia.
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O primeiro-ministro, António Costa, considera que, em matéria de alargamento, houve "uma proximidade de posições" entre a Ucrânia e a União Europeia.
"Fez-se o ponto de situação sobre os trabalhos que a Ucrânia vem desenvolvendo, tendo em vista preencher o conjunto dos requisitos para se poder avançar nas negociações sobre a adesão à União Europeia", afirmou António Costa, considerando que se tratou de "um momento muito marcante e que traduz seguramente uma grande proximidade de posições entre a União Europeia e a Ucrânia".
Do lado europeu, António Costa diz que não restam dúvidas sobre a capacidade da Ucrânia para concretizar as reformas, "tendo, aliás, o Conselho reconhecido expressamente o esforço que a Ucrânia tem vindo a fazer para poder cumprir os critérios".
"Nenhum de nós terá dificuldade em imaginar a dificuldade acrescida que é fazer esse trabalho no contexto de guerra, como nós assistimos", destacou o primeiro-ministro.
O governo português está entre os que alertam, porém, para a necessidade de reformas nas instituições de Bruxelas, para que um novo Estado-Membro possa ser acolhido na Europa comunitária.
Para António Costa, o encontro com Zelensky, além de simbólico, foi uma oportunidade para discutir a ajuda à Ucrânia.
"Foi importante podermos falar todos em conjunto, reafirmar a condenação desta guerra injustificada da Rússia contra a Ucrânia, reforçar as declarações de apoio à Ucrânia e analisar, com o presidente Zelensky, outras formas concretas de apoiar o povo ucraniano e a Ucrânia na sua luta em defesa do direito internacional e para alcançar a paz", considerou António Costa.
"Afirmei a nossa disponibilidade para participarmos ativamente em três dos itens, no que têm a ver com a segurança alimentar, no que têm a ver com a segurança energética e os que têm a ver com o ecocídio", acrescentou o chefe do Governo, referindo-se aos encontros com Zelensky, à margem da cimeira, que serviram também para os líderes discutiram o plano de 10 alíneas proposto por Volodymyr Zelensky, para alcançar a paz.
Sobre o apoio militar, António Costa "pormenorizou os envios que estão em curso, designadamente dos Leopard. E, naturalmente o presidente Zelensky, que está neste momento numa fase em que é necessário um reforço significativo e urgente da sua capacidade militar, fica naturalmente satisfeito com o esforço que os diferentes Estados-Membros têm feito para apoiar".