Camarote no sambódromo da Marquês de Sapucaí fechado pela vigilância sanitária carioca. Responsáveis pelo espaço e pelo buffet presos.
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Alugar um camarote no sambódromo da Marquês da Sapucaí durante os dias e noites do maior desfile de Carnaval do planeta é um luxo para poucos. Caro, como todos os luxos.
Por isso, quando agentes da inspeção sanitária do Rio de Janeiro, numa vistoria ao local, perceberam que a casa de banho masculina de um daqueles camarotes estava a servir de cozinha para a produção e o armazenamento de 500 kg de alimentos, ficaram chocados.
A promotora de justiça Rosemery Viana prendeu em flagrante os responsáveis pelo buffet e pelo camarote Lounge Sapucaí, por “armazenamento impróprio de alimentos”.
Segundo ela, os alimentos servidos aos convidados “estavam sendo preparados num sanitário masculino, junto de meias e mochilas”. “Dava nojo”, desabafou a promotora. “Mas a atuação do ministério público foi essencial para salvaguardar a saúde dos frequentadores da Sapucaí”.
A própria promotora, que realizou a vistoria ao lado de agentes de diversos institutos de Vigilância Sanitária e da Polícia Civil, constatou ainda que o local também não possuía refrigerador para o armazenamento dos alimentos.
O perfil no X, ex-Twitter, Rio Carnaval, canal oficial dos organizadores do desfile, reconheceu “que o espaço conhecido como Lounge Sapucaí (...) não possuía a devida autorização da Liga Independente das Escolas de Samba do Rio de Janeiro para instalar uma cozinha”.
O sambódromo da Marquês de Sapucaí funciona desde 1984 como palco dos desfiles do carnaval carioca.
