A Comissão Europeia saúda o reforço da estabilidade financeira na União Europeia.
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O comissário do Euro, Valdis Dombrovskis destacou esta quarta-feira a estabilidade do sistema financeiro europeu, com especial destaque para Portugal, por estar entre um grupo restrito de países, nos quais o crédito mal-parado tem caído de forma "acentuada".
"Na Croácia, Chipre, Hungria, Irlanda, Portugal e Eslovénia temos visto diminuições de três por cento ou mais", adiantou o comissário, referindo-se aos dados do terceiro relatório intercalar sobre os progressos realizados na redução de riscos, no setor financeiro, no âmbito do trabalho para a conclusão da união bancária.
Além de colocar Portugal no grupo de seis países em que o risco bancário diminuiu de "forma considerável", o comissário do euro Valdis Dombrovskis nota que o risco tem vindo a diminuir de forma continuada, e "no período de um ano, a média dos empréstimos não cumpridos diminuiu 1,2 pontos percentuais, por isso baixou agora para 3,4 por cento".
Assim, passados 10 anos, Dombrovskis coloca a crise bancária na Europa como um cenário cada vez mais distante, considerando que são "boas notícias para a economia europeia".
"A diminuição do crédito mal parado, significa que os bancos europeus estão mais estáveis e rentáveis e em melhores condições para emprestarem às famílias e às empresas", salientou, embora admita que o cenário de melhoria não é comum a toda a zona euro.
"Continua a haver zonas de fraqueza que precisam de ser encaradas. Particularmente o elevado rácio de crédito mal parado na Grécia e em Chipre. Entre 45 e 28 por cento, respetivamente", disse.
Com base nestes dados, o comissário do Euro defende a importância do aprofundamento da união bancária, através de leis orientadas para a redução do crédito mal-parado. A proposta da comissão deverá ser apresentada em menos de seis meses.
Estes dados serão discutidos na cimeira do euro, que está marcada para 14 de Dezembro, numa altura em que vários países se mantém de pé atrás, relativamente à capacidade de redução do risco bancários na zona euro e por essa razão colocam entraves a aprofundamento da união bancária.