"Criámos reservas de produtos e medicamentos." Kiev prepara-se para invasão da cidade
Os pontos de controlo da capital ucraniana estão a ser reforçados. O presidente da Câmara de Kiev afirma que a cidade está a "preparar-se para se defender".
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O presidente da câmara de Kiev anunciou este sábado que as autoridades estão a armazenar medicamentos, produtos e bens de primeira necessidade, antevendo uma possível invasão por parte das tropas russas, que já bombardeiam os arredores.
"Amigos, queridos habitantes de Kiev, a capital, em redor da qual continuam os combates, prepara-se para se defender; continuamos a reforçar os pontos de controlo; criámos reservas de produtos, medicamentos e bens de primeira necessidade", disse o autarca da capital ucraniana, citado pela agência espanhola de notícias, a Efe.
Na mensagem, Vitaliy Klitschko acrescenta que, "pelo terceiro dia, a cidade já está a ajudar a região de Kiev a retirar os residentes das populações dos arredores, como Gostomel, Bucha, Vorzel e Irpin", algumas das quais já foram bombardeadas pelas forças russas.
"A cidade oferece um transporte de passageiros em autocarros, e as equipas de resgate recolhem as pessoas em estações ferroviárias; os que quiserem sair da cidade são enviados de comboio para o oeste da Ucrânia", acrescentou o autarca.
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Na missiva, Vitaliy Klitschko, que é também o presidente da Associação das Cidades da Ucrânia, dirigiu-se às organizações internacionais e associações de autarcas de países democráticos para criticar "as cações criminosas dos ocupantes russos", lembrando que o autarca da cidade de Melitopol, ocupada pelos russos esta semana, foi "sequestrada e feito prisioneiro ontem [sexta-feira]".
A Rússia lançou a 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já causou pelo menos 564 mortos e mais de 982 feridos entre a população civil e provocou a fuga de cerca de 4,5 milhões de pessoas, entre as quais 2,5 milhões para os países vizinhos, segundo os mais recentes dados da ONU.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas a Moscovo.
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