No dia do primeiro aniversário desde que entrou em funcionamento, o Centro Europeu de Cibercriminalidade publicou o primeiro relatório sobre os crimes praticados através da internet. A comissária europeia para os Assuntos Internos lamentou a facilidade com que atualmente se desenvolve a prática de crimes cibernéticos.
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Mais do que o caso de polícia, trata-se de uma questão de comportamento. A comissária europeia para os Assuntos Internos, Cecilia Malmstrom, defende mudanças na atitude dos utilizadores, de modo a que o cibercrime deixe de ser um dos delitos menos denunciados.
«As vítimas frequentemente não têm nenhum incentivo para apresentar queixa, por exemplo, porque têm vergonha de ter se tornado uma vítima de um golpe ou porque são reembolsados pelos bancos. É um baixo custo para um crime de grande volume. Os prestadores de serviços, por sua vez, têm uma reputação a perder e temem a exposição a ataques semelhantes. Isto tem de mudar», disse.
A comissária lamentou que o caminho para a entrada no crime informático se tenha tornado cada vez mais fácil e ao alcance de qualquer um.
«A triste realidade é que, hoje, o limite para praticar crimes cibernéticos têm diminuído muito nos últimos anos: qualquer um pode tornar-se um cibercriminoso. Sem que qualquer habilidade técnica seja necessária, já que as ferramentas estão disponíveis online em versões de fácil utilização, a preços razoáveis??, oferecendo a qualquer um a oportunidade para praticar estes crimes», sublinhou.
O relatório divulgado pelo centro europeu de combate ao crime cibernético põe em evindência a necessidade de novos acordos judiciais com países terceiros.
«Os criminosos agem a partir de locais "seguros". Como o ciberespaço é acessível a partir de qualquer lugar, a ameaça também vem de qualquer lado. Com a rede global a aumentar rapidamente, o número de vítimas e o número de cibercriminosos de novas regiões também está em ascensão», afirmou.