Crise política na Guiné. Especialista acredita solução para novo Governo pode não passar por eleições
Ouvido pela TSF, Martilene dos Santos explica que do decreto de dissolução do Parlamento "não sai nenhuma menção a eleições".
Corpo do artigo
O especialista em políticas públicas Martilene dos Santos considera que a atual crise política na Guiné-Bissau, devido à dissolução do Parlamento na passada segunda-feira, pode ser resolvida com um entendimento interno entre partidos e sem chamar os eleitores às urnas.
"Neste momento, como do decreto presidencial que dissolve a Assembleia da República não sai nenhuma menção a eleições, está criada a possibilidade de encontrar soluções dentro do quadro atual, mas isso depende em larga medida da vontade dos players", disse, em declarações à TSF, o guineense Martilene dos Santos.
TSF\audio\2023\12\noticias\06\martilene_2_eleicoes_nao
"Os partidos são os principais atores do sistema", reiterou.
Martilene dos Santos considerou ainda que deve estar para breve a constituição de um novo Governo e apelou à "serenidade" das pessoas.
TSF\audio\2023\12\noticias\06\martilene_1_novo_governo
O Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, decidiu esta segunda-feira dissolver o parlamento, na sequência dos confrontos de quinta e sexta-feira entre forças de segurança.
Sissoco Embaló considerou "um golpe de Estado" o facto de a Guarda Nacional ter retirado o ministro das Finanças, Suleimane Seide, e o secretário de Estado do Tesouro, António Monteiro, das celas da Polícia Judiciária, na noite de quinta-feira.
Na sequência deste ato, geraram-se confrontos armados entre a Guarda Nacional e o batalhão da Presidência, que foi resolvido com a intervenção da Polícia Militar e que resultou na detenção do comandante da Guarda Nacional, Vitor Tchongo.
17446183