Um fracasso da comunidade internacional na resolução da crise síria pode ameaçar a segurança na Europa, advertem Paris e Roma numa carta que propõe uma reunião extraordinária de ministros europeus sobre a Síria em setembro, em Nova Iorque.
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«Se fracassarmos na Síria, a estabilidade do Médio Oriente ficará comprometida e a segurança na Europa, sob todos os aspetos, do terrorismo à proliferação de armas, passando pela imigração ilegal e a segurança energética, será gravemente ameaçada», preveem os ministros dos Negócios Estrangeiros de Itália e França, Giulio Terzi e Laurent Fabius.
Os ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia (UE) reúnem-se hoje e sábado em Paphos, na ilha de Chipre, num encontro informal dominado pela crise síria.
Na carta, Terzi e Fabius propõem que se aproveite a ocasião para uma discussão «estratégica substancial sobre o papel e a ação da UE na Síria».
Os resultados podem constituir «a base de uma eventual reunião extraordinária» de ministros europeus sobre a Síria, durante este mês, por exemplo, à margem da Assembleia Geral da ONU, em Nova Iorque.
Numa outra carta, o ministro britânico, William Hague, afirmou-se «particularmente impressionado com a escalada da crise humanitária dos refugiados»e considera que é preciso aumentar a ajuda.
«Precisamos com urgência de contribuições suplementares para os esforços humanitários», afirmou à chegada a Paphos.
A Comissão Europeia anunciou hoje que vai desbloquear uma ajuda suplementar de 50 milhões de euros para os civis sírios. Esta ajuda necessita ainda do aval do Parlamento Europeu e dos governos dos 27.